Quão bom precisa ser o seu inglês para trabalhar para fora do Brasil?

Minha opinião após entrevistar mais de 200 pessoas em 25 países diferentes para nos últimos 4 anos. Incluindo uma proposta de ajuda ao final!

Nome do autor
Guilherme Marques
Publicado em
3 min de leitura
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Quão bom precisa ser o seu inglês para trabalhar para fora do Brasil?

Este é o primeiro artigo de uma série que pretendo escrever sobre trabalhar remotamente para empresas de fora do Brasil. 

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Começar a trabalhar para uma empresa do exterior mudou a minha vida. Sim, é verdade que não faço a mínima ideia de onde eu estaria nesse momento caso não tivesse aceitado a proposta da Oyster, em 2021 - mas dificilmente teria conquistado as mesmas coisas tão rapidamente.

E não estou falando apenas do fato de receber mais dinheiro, ou ganhar em dólares (o que não é mais meu caso, mas é ótimo). É muito sobre o quanto eu aprendi e cresci ao trabalhar com pessoas de culturas e experiências tão diferentes da minha. A Oyster hoje não possui escritório e emprega gente em mais de 60 países diferentes.

Entrei na empresa como o funcionário número 40 e, um ano depois, éramos mais de 400. Nesse período, ajudei a expandir o time de Engenharia de Software, que hoje consta com mais de 100 colaboradores. Para conseguir fazer isso em tempo recorde, eu gastava metade do meu tempo avaliando e entrevistando pessoas. Todos os dias.

E eu adorava fazer isso.

E aprendi que o nível de inglês é menos importante do que muita gente imagina.

Isso tanto é verdade que nas notas das entrevistas nós não avaliávamos a qualidade do inglês da pessoa, mas sim a sua capacidade de comunicação. Contratei vários engenheiros de software que tinham um inglês de nível médio, mas que entendiam bem comandos na lingua e conseguiam se comunicar e expressar suas vontades dentro de um contexto específico.

Respondendo então à pergunta do título, "quão bom precisa ser o seu inglês para trabalhar para fora do Brasil?", a resposta é: bom o suficiente para você conseguir se comunicar de forma clara. E isso não tem nada a ver com fluência, sotaque ou a sua capacidade de utilizar phrasal verbs de formar correta. 

Evidentemente, a expectativa do nível de inglês de uma pessoa que vai trabalhar diretamente com o cliente no dia-a-dia pode ser diferente daquela de um desenvolvedor, ou product manager, ou mesmo alguém que seja do time jurídico.

Mas o argumento principal desse breve artigo é o de que muita gente que já possui um nível suficiente de inglês, e que poderia expandir a busca de emprego para o exterior, não o faz por medo de que o seu seu domínio da lingua não seja suficiente.

Para essas pessoas eu digo duas coisas:

  1. Se você encontrar uma vaga de emprego remota, em outro país, para a qual você acredita que seja qualificada, não deixe de aproveitar a oportunidade por conta da lingua. Não são poucos os casos em que seu inglês possa ser até melhor do que o dos entrevistadores.
  2. Em comemoração a lançamento do cader.no e da minha série de artigos sobre trabalho remoto, vou dedicar 3 sessões de 20 minutos de todas as minhas sextas-feiras de Janeiro para conversar com pessoas que se sintam inseguras com o seu inglês. A ideia é fazer um bate papo leve, onde vou dar dicas sobre a lingua e como se portar em entrevistas.

Serão apenas 12 vagas e será por ordem de chegada. Para participar basta fazer duas coisas:
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- Adicionar um comentário neste artigo com o link para o seu Linkedin.

Eu entrarei em contato com você via Linkedin, por mensagem direta, para a gente combinar a melhor data e horário.

 

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